Pelo menos 131 agricultores dos municípios de Várzea Grande, Pimenteiras, Barra d’Alcântara, Novo Oriente, Tanque do Piauí, Aroazes, Elesbão Veloso, São Félix e Santa Cruz do Piauí participaram do dia de campo sobre a extração do pó de carnaúba, realizado no último dia 12 na propriedade Tiúba, em Várzea Grande, pelo Emater (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural).
Segundo o Diretor Geral do Emater, Adalberto Pereira, é meta do órgão que cada sede regional tenha uma atividade principal como produção. “No caso dessa região pretendemos transformá-la em um pólo de irrigação combinado com a carnaúba”, diz Adalberto informando que esse dia de campo serve para incentivar os agricultores da região para fazerem o corte da palha, extrair o pó para fazer a cera e assim aumentar a geração de trabalho e renda.
Durante o evento o professor da Universidade Federal do Piauí, José Ribeiro dos Santos fez uma apresentação geral sobre os equipamentos, para corte e secagem da palha num método mais moderno. Segundo o professor esses equipamentos diminuem o tempo de trabalho, aumenta a produção e evita o desperdício. “esse secador de palha criado abriga 6 mil palhas, que vão está prontas para bater em 24h, com uma melhor qualidade, sem fuligem, sem pedaços de palha, com um aproveitamento de 95% do pó, o que antes só aproveitava 75% com o método tradicional”, explica.
O Coordenador do Emater de Oeiras, Derival Gonzaga, que também trabalha com carnaúba explica que na venda do pó de carnaúba o fato do pó não ter uma maior qualidade dificulta a comercialização. “quando tiramos o pó no método tradicional temos, em média, um aproveitamento de 64% e por isso conseguimos vender pelo valor de R$ 2,20 o quilo, se tivermos esse aproveitamento de 95% chegaremos a um preço de R$ 5,00”, declara.
O Emater pretende, em parceria com a Universidade Federal do Piauí, fazer um projeto para garantir o aperfeiçoamento dos equipamentos. “Depois que esses equipamentos estiverem prontos, vamos buscar apoio dos bancos para que eles possam financiar aos agricultores através do Pronaf A”, conclui.