Nos dias 16 e 17 de setembro, a equipe do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-PI) da Regional de Paulistana esteve acompanhando as orientações para a implementação do Sistema Integrado de Produção de Alimentos, o “Sisteminha Embrapa”, na comunidade quilombola São Martins. As orientações foram feitas pelo criador do sistema o pesquisador da Embrapa e consultor do Emater-PI, Luiz Guilherme.
Na comunidade, inicialmente, serão beneficiadas 25 famílias e o objetivo final é que todas as 96 famílias que vivem na localidade sejam contempladas até o fim das atividades. Atualmente, na comunidade, o projeto está na fase de construção dos galinheiros.
“O professor Luiz Guilherme deu as orientações aos agricultores e explicou como montar as estruturas e daqui a um mês ele retornará trazendo os alevinos e os pintos”, explicou Joicione Rodrigues, coordenador regional do Instituto.
A construção do Sisteminha na comunidade faz parte do esforço do Emater-PI, juntamente com a Embrapa, em replicar esse modelo produtivo em todo o Piauí, ajudando a transformar agricultores familiares em empreendedores, já que além da segurança alimentar, o Sisteminha proporciona capacidade comercialização dos alimentos produzidos.
Sisteminha Embrapa
Criado em 2002 pelo pesquisador Luiz Carlos Guilherme quando ele fazia doutorado em zootecnia na Universidade Federal de Uberlândia, o sistema foi aprimorado pela Embrapa Meio-Norte na Unidade de Execução de Pesquisa no município de Parnaíba.
O sisteminha consiste em um tanque de piscicultura, construído artesanalmente, galinheiro, minhocário, hidroponia, abrigo para compostagem, além de uma horta periférica. O tanque de piscicultura tem capacidade para 5000 litros, e funciona com um sistema de recirculação de água. Pelo projeto piloto, a capacidade de produção é de 25 quilos de tilápia em 3 ciclos por ano.
Os peixes podem pesar de 150 a 200 gramas ao final de cada ciclo. Todo o sistema reutiliza a água do tanque de piscicultura, o que reduz os custos de produção e aumenta a oferta de alimentos. O sistema é montado em lotes de 100 a 1000 metros quadrados, na periferia das cidades ou zonas rurais.
