Há gerações grupos de mulheres têm dedicado suas vidas à coleta e quebra do coco babaçu, sobretudo, nos estados da região norte do Brasil, incluindo o Maranhão e o Piauí. A atuação dessas mulheres garante um versátil óleo natural, utilizado da culinária à indústria da beleza.
Na comunidade rural “Baixão”, no município de Porto, região norte do Piauí, um grupo de 22 mulheres quebradeiras de coco babaçu contam com o apoio especializado do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Piauí (Emater-PI) para realizarem sua atividade.
Através da subvenção da Política de Garantia de Preços Mínimos para os Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio), estabelecida através do Decreto-Lei nº 79, de 19 de dezembro de 1966, com o propósito de assegurar aos produtores rurais, organizados ou não em cooperativas, a remuneração básica por sua atividade através da compra de seus produtos, operacionalizada no Piauí pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Emater – PI, as mulheres quebradeiras de coco do Baixão conseguem escoar sua produção por um preço justo.
“A política tem como intuito apoiar a comercialização dos produtos produzidos por extrativistas, dando suporte no complemento do preço do produto, nesse caso o da Amêndoa do Coco Babaçu. A CONAB estipula o valor de R$3,82 o KG de coco, enquanto elas comercializam no valor de R$1,50, logo são ressarcidas pelo programa com R$2,32 em cada quilo comercializado”, explica o extensionista do Emater-PI que atua na região, Aldo Queiroz.
O programa atua na comunidade desde dezembro de 2019 e tem trazido melhorias tanto na qualidade de vida dessas mulheres, como refletido positivamente no seu empoderamento financeiro e sustento da família, bem como fortalecido a consciência ambiental da comunidade.
“A preservação dos babaçuais é luta inerente à elas, tendo em vista que é de onde elas tiram seu sustento, nesse sentido, muito ainda pode ser feito, para garantir essa preservação, o próximo passo é a manutenção do açude da comunidade que sofre com o desenvolvimento de plantas aquáticas. O trabalho se constrói diariamente em prol das mulheres e da qualidade de vida no campo”, ressalta o técnico do Emater-PI.