Estiveram reunidos de forma virtual, nesta quarta-feira (28), os representantes dos órgãos que estão executando os projetos aprovados pela Coordenação Estadual das Câmaras Setoriais junto ao Governo do Estado, por meio dos programas PRO Piauí e PRO Social.
Inicialmente, estão sendo disponibilizados R$ 6 milhões para serem aplicados de acordo com as demandas consideradas prioritárias pela Coordenação Estadual das Câmaras Setoriais, em mais de 100 ações distribuídas em todo o Piauí. Os projetos já estão em processo de implantação em mais de 35 municípios do Piauí, atendendo cerca de 15 setores da economia piauiense, em valores que chegam a mais de 17 milhões de reais, ao final dos investimentos.
“Apresentamos ao coordenador do Programa PRO Piauí, o secretário da Fazenda, Rafael Fonteles, que aprovou uma parte importante desses projetos em uma primeira etapa, mais de R$ 6 milhões. Os projetos vão atender, neste momento, aos setores da piscicultura, apicultura, cajucultura, produção de alho, de hortigranjeiros e confecções, com execução das obras, como fábricas de cajuína, poços tubulares, centros de treinamentos para trabalhadores e empresários das áreas das confecções, galpões para logística da área de mel, entre outros”, destacou Sérgio Vilela, coordenador das Câmaras Setoriais.
Ao Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Piauí (Emater-PI) coube a execução de cinco projetos que compõe algumas das ações prioritárias da atual gestão do Instituto. No maior deles, serão construídos e implantados pelo Emater-PI 60 unidades do Sistema Integrado de Produção de Alimentos, o Sisteminha, desenvolvido para segurança e soberania alimentar para seus usuários, geralmente de baixa renda, difundido pelo Piauí por meio de uma parceria entre o Instituto e a Embrapa. Incialmente, serão beneficiados os municípios de Teresina, Demerval Lobão, Nazária, Monsenhor Gil, União, José de Freitas e Miguel Alves, totalizando um investimento de R$ 1,2 milhão. A previsão é que as unidades sejam entregues até dezembro.
“Através do Sisteminha, você dá o peixe e ensina aquele beneficiário a pescar e isso é muito importante para o empoderamento alimentar e financeiro destas famílias, além de contribuir para o desenvolvimento dos municípios”, afirmou o diretor geral do Emater-PI, Francisco Guedes.
Além dos Sisteminhas, o Instituto ainda irá executar projetos destinados à construção de abatedouros de aves caipiras, fábricas de ração e entrepostos de beneficiamento de ovos, em um investimento superior a R$ 2 milhões.
O Instituto ainda está viabilizando junto à Embrapa a transferência de tecnologia para a Câmara Setorial da Fruticultura sobre o cultivo de banana, goiaba, maracujá, acerola e uva em um investimento de R$ 3 milhões.
Sisteminha Embrapa
Criado em 2002 pelo pesquisador Luiz Carlos Guilherme quando ele fazia doutorado em zootecnia na Universidade Federal de Uberlândia, o sistema foi aprimorado pela Embrapa Meio-Norte na Unidade de Execução de Pesquisa no município de Parnaíba.
O sisteminha consiste em um tanque de piscicultura, construído artesanalmente, galinheiro, minhocário, hidroponia, abrigo para compostagem, além de uma horta periférica. O tanque de piscicultura tem capacidade para 5000 litros, e funciona com um sistema de recirculação de água. Pelo projeto piloto, a capacidade de produção é de 25 quilos de tilápia em 3 ciclos por ano.
Os peixes podem pesar de 150 a 200 gramas ao final de cada ciclo. Todo o sistema reutiliza a água do tanque de piscicultura, o que reduz os custos de produção e aumenta a oferta de alimentos. O sistema é montado em lotes de 100 a 1000 metros quadrados, na periferia das cidades ou zonas rurais.