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Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí
Emater TV debate o empoderamento das quebradeiras de coco do Piauí
12/05/2021 - 17:39  
  
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Evento marcou o retorno das atividades da Emater TV
O Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Piauí (Emater-PI) retomou, nesta quarta-feira (12), os debates sobre temas relacionados à agricultura familiar em sua página na plataforma digital do Piauí Conectado e com transmissão simultânea na página do Instituto no Youtube. 

Na oportunidade, o tema debatido foi a “representatividade das quebradeiras de coco babaçu no Estado do Piauí”, abordando desde aspectos relacionados à preservação dos babaçuais ao empoderamento destas mulheres, incluindo situações relacionadas à assistência técnica prestada a estas agricultoras por órgãos que atuam em suas respectivas comunidades, casos do Emater-PI e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).  

O evento virtual contou com a presença da vice-governadora do estado do Piauí, Regina Sousa, que exerceu a atividade na infância, na cidade de União. 

“Eu venho de uma família de agricultores, minha mãe e minha avó foram quebradeiras de coco. Teve um drible no destino e eu não continuei na profissão delas, mas tenho parentes próximos que ainda trabalham com isso”, destacou a vice-governadora.   

Regina Sousa defendeu a criação de uma legislação estadual que regulamente a preservação dos babaçuais piauienses, que têm perdido espaço devido a expansão das culturas extrativistas no estado. 

“É hora de a gente apresentar esse projeto de preservação desse ecossistema, essa lei precisa ser apresentada, porque é muito triste a diminuição dos babaçuais na nossa região e é preciso intervir nisso”, destacou a vice-governadora. 

Representantes do Movimento Interestadual de Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) apresentaram suas experiências e dificuldades na lida diária da atividade.  A vice coordenadora do MIQCB, Helena Gomes, destacou os avanços da luta das mulheres quebradeiras de coco do início da organização do grupo aos tempos atuais. 

“A gente quebrava o coco para o patrão e não tinha a oportunidade de tirar nem um litro de azeite e diante de todas as lutas, dos anos de 1980 para cá, a gente conseguiu hoje estar libertas de muitas coisas, empoderadas, fazendo parte de cooperativas, associações, sindicatos, muitas de nós estão na política partidária.  Hoje, vemos como a mudança foi imensa e onde chegamos, o nosso tamanho”, destacou Helena Gomes.
 
A atividade da quebra do coco babaçu tem garantido a renda de gerações grupos de mulheres da região norte do Brasil, incluindo o Piauí, que dedicam suas vidas à coleta e quebra do coco. A atuação dessas mulheres garante um versátil óleo natural, utilizado da culinária à indústria da beleza. 
O diretor geral do Emater-PI, Francisco Guedes, destacou que o Instituto está atento às demandas das agricultoras e a importância do encaminhamento destas em busca de suas soluções. 

“É importante que a gente encaminhe tudo o que foi discutido aqui neste encontro e as mulheres quebradeiras de coco podem contar com a gente. Nosso compromisso no Emater-PI é com a produção, com o social e com a geração de renda”, destacou, Francisco Guedes.
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