Durante esta manhã, no segundo dia do Seminário “Qualificação do Pronaf: Oportunidades e Desafios para ATER Pública”, representantes dos Bancos do Brasil e do Nordeste, Emater e Movimento Quilombola expuseram dados, objetivos e metas para desenvolver a agricultura familiar no Piauí.
De acordo com o Superintendente do Banco do Brasil no Piauí - Adilson do Nascimento Anísio, que apresentou dados das safras de 2004 a 2006, ressaltando as atividades agrícolas mais exploradas, financiamentos, parcerias, ações da Fundação Banco do Brasil e propostas a serem desenvolvidas, o ponto principal que se deve trabalhar são as parcerias.
“Consideramos um ponto estratégico para desenvolvimento da agricultura familiar, pois não importam apenas os recursos e financiamentos, torna-se necessário, cada vez mais, na hora de aplicação do Pronaf, uma estrutura fortalecida com assistência técnica, projetos de qualidade, operacionalização e comercialização dos produtos. Tudo isso se torna viável através das parcerias”, afirma.
As propostas apresentadas pelo Banco do Brasil visam financiar e articular com os parceiros o desenvolvimento rural sustentável, considerando o Emater um forte contribuinte, já que sua missão visa o fortalecimento sustentável da agricultura familiar.
O Superintendente do Banco do Nordeste no Piauí - José Agostinho de Carvalho Neto, afirmou em sua apresentação que o Banco passou a trabalhar com parceiros e a Assistência Técnica oficial do Emater é um dos principais meios para se fazer chegar créditos aos agricultores familiares. “Antes tínhamos muitas dificuldades para manter contato com os municípios e isso foi superado com o apoio do Emater, que nos ajuda a identificar as potencialidades dos municípios e as dificuldades dos agricultores familiares”, elogia.
Agostinho apresentou também os objetivos do banco para a área da agricultura que enfoca entre outros pontos o fortalecimento de núcleos regionais; atendimento a diversas linhas de Pronaf; gerenciamento adequado de recursos logísticos; capacitação de técnicos; implementação de novas tecnologias e incentivo a utilização do sistema de produção.
Para o Diretor-Geral do Emater, Francisco Guedes, o Instituto pretende enfocar as demandas do agricultor familiar a partir das exigências deles, para que o trabalho não seja imposto e sim uma necessidade. “Estamos em sintonia com o trabalho dos bancos do Brasil e do Nordeste, mas pretendemos realizar o que o produtor quer e não o que temos a oferecer. Temos que desenvolver aquilo que eles estão necessitando”, afirma.
Guedes apresentou ainda as metas que serão desenvolvidas durante os anos de 2007 e 2008 que englobam, principalmente, a capacitação de extensionistas nas áreas de políticas públicas, diagnósticos reprodutivos de cadeias participativas, fortalecimento da agricultura familiar e convivência com o semi-árido; apoio à comercialização dos produtos e serviços, além de estratégias de comunicação e marketing.