Por José Marques de Souza Filho – Jornalista DRT 1002
Assessor de Comunicação do EMATER- PI
Tel - 9403 2900
Arroz, farofa, moqueca, creme, torta, rocambole, pizza, salada, mousse, bife, carne, frapê, cajuína, doce em calda, doce de corte, rapadura, doce cremoso, cristalizado, doce ameixa, doce modelado, vinho e mel. Tudo feito à base de caju. De 6 a 11 deste mês, o EMATER – Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí montou uma verdadeira força tarefa de técnicos da regional de Teresina para dar cursos em cinco comunidades na região do município de Oeiras. A atividade foi encerrada com uma exposição de produtos e um almoço feito a partir do pendúnculo do caju.
A extensionista social do EMATER, Luciana Silva, disse que não há dificuldade em fazer um prato à base de caju. Segundo ela o que há é falta de conhecimento. “Isso agora não é mais problema. Esse é um prato muito rico, muito nutritivo, rico em fibras e que nós temos bastante e muitas vezes jogamos fora. Atualmente, não usamos nem 10% do nosso caju. Usamos só a castanha. Mas, com o pendúnculo, que é a parte que usamos para fazer sucos, é possível fazer uma variedade de pratos. Até um certo tempo só se utilizava para fazer cajuína. Hoje, não. Nós sempre fazemos lasanha com carne de frango, de gado, porque não podemos fazer com caju?”, questiona a extensionista.
“Estamos começando em Oeiras uma nova estratégia, que pretende oferecer aos agricultores familiares dos municípios de todos os territórios, através de cursos, a aplicação de receitas simples feitas à base de caju. A atividade é encerrada com uma feira de produtos, onde os participantes dos cursos têm a oportunidade de desenvolver estratégias de comercialização. O evento tem ainda um delicioso almoço feito especificamente à base de caju, mostrando que esse é um produto que pode garantir sustentabilidade em regiões como o semi-árido piauiense”, destacou Francisco Guedes, diretor geral do EMATER.
A feira de produtos aconteceu na Unidade de Encontro de Casais com Cristo (UECC), da Paróquia da Sagrada Família em Oeiras. Segundo o diretor-geral do EMATER-PI, Francisco Guedes, a cajucultura da região é um "grande sucesso", chegando a ter, da espécie caju-anão precoce, cerca de 1 milhão de pés plantados. O Superintendente da Agricultura Familiar da SDR – Secretaria do Desenvolvimento Rural, José Augusto participou da exposição além de outros parceiros do EMATER como Banco do Brasil (BB), Banco do Nordeste(BNB), Universidade Federal do Piauí (UFPI) e Igreja Católica.
Programa de compra direta local fez a compra de produtos
Todos os produtos da feira foram colocados à venda para a comunidade em geral. Os produtos não vendidos foram adquiridos pelo Programa de Compra Direta Local e estão sendo distribuídos para as escolas família agrícola e outras entidades. ”O nosso agricultor precisa ter renda, que é a coisa que mais dá dignidade, independência e valor ao ser humano. Neste sentido o EMATER tem sido decisivo na capacitação, nos treinamentos, na orientação. Com esse projeto queremos manter o homem no campo gerando renda”, disse José Augusto, da SDR.