Por José Marques de Souza Filho
Assessor de Comunicação do EMATER
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O projeto que o governo do estado está implementando, visando colocar produtos como o caju e o mel na mesa dos piauienses, foi apresentado durante o encerramento de mais sete cursos realizados pelo EMATER - Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí sobre o aproveitamento integral do caju no município de Cocal, no norte do Estado.
O evento foi realizado dia 30 (sexta-feira) passada, nas dependências de uma escola estadual, localizado no centro daquele município e contou ainda com uma feira de exposição dos produtos que foram produzidos pelas sete comunidades de assentamentos rurais de Cocal que participaram dos cursos. Destaque também para o almoço à base do caju, que foi servido para todos os participantes do evento, inclusive para os alunos e alunas da escola.
“A partir de janeiro de 2008, os professores da rede estadual de ensino nos municípios mais produtores de mel e caju vão estar sendo capacitados para utilizar o módulo didático que está encartado na Revista de circulação nacional Horizonte Geográfico, edição especial de aniversário do mês de outubro. A revista traz uma reportagem especial de 12 paginas sobre os avanços na produção de mel e caju no Piauí, principalmente na região dos municípios de Picos, Valença, Simplício Mendes e São Raimundo Nonato. Esses municípios se tornaram referencia nacional com criação da Casa APIS e da Cocajupi, duas experiências de sucesso que estão funcionando como centrais de comercialização destes produtos, integrando o trabalho de agricultores familiares e demais produtores naquela região”, diz Francisco Guedes, diretor geral do EMATER, que compareceu à cidade de Cocal para prestigiar o evento.
O diretor disse que o EMATER adquiriu cerca de dez mil exemplares da revista para serem utilizados no trabalho nas escolas. Guedes também falou dos esforços que estão sendo feitos para colocar os produtos a base de caju e mel na merenda escolar dos alunos piauienses. “Queremos colocar o caju e o mel na mesa do povo, inclusive na merenda escolar dos nossos alunos. Já existem pesquisas para criar o “caju em pó”. Esses produtos, além de serem nossos, são bastante nutritivos em sais minerais como o ferro”, finaliza Guedes.
Incentivo à utilização do caju em Cocal
De acordo com o técnico do escritório do EMATER de Cocal, Eng. Agrôn. França Reis, o município tem 4 mil hectares plantados com caju e produz cerca de 250 kg por há. O incentivo do governo para a produção veio também através da liberação de créditos do Pronaf - Programa Nacional da Agricultura Familiar que, durante o evento de encerramentos dos cursos do EMATER, gerentes do Banco do Nordeste fizeram a entrega de 86 mil reais para 56 agricultores familiares. Os créditos vão servir para produzir caprinos, ovinos, mas já incluiu uma industria de cajuína. “O programa de Compra Direta Local também tem atuado na compra de 500 kg de rapadura de caju, onde os produtores venderam para o estado ao preço de R$ 2,00 o kilo e tiveram um lucro de mil reais”, disse França.
02/11/2007