Quilombolas piauienses são referencia para outros estados
Por José Marques de Souza Filho – Jornalista DRT 1002
Assessor de Comunicação do EMATER- PI
Tel – 9929 5827
O assessor executivo da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aqüicultura e Pesca do Estado do Espírito Santo, Ruy Marcos Gonçalves, esteve hoje (10) na sede do EMATER - Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí para conhecer o trabalho que este instituto vem fazendo nas comunidades quilombolas de todo o Piauí. Ele esteve acompanhado do Coordenador de Regularização Territorial dos Quilombolas do INCRA – Instituto de Colonização e Reforma Agrária, também daquele estado, Jerffesson Gonçalves Correia.
"No Piauí, vocês conseguiram uma interação entre o movimento dos quilombolas e os órgão públicos envolvidos. Enfim, estão conseguindo uma construção coletiva e isso pode fazer a diferença neste tipo de trabalho", disse o assessor Ruy Marcos, acrescentando que, no estado dele, é muito grande o numero de descendentes de escravos, mas o movimento não tem conseguido estabelecer um relacionamento forte com o governo.
Ruy disse que somente na próxima semana, na capital Vitória, é que acontece o I Encontro Estadual de Comunidades Quilombolas no Estado do Espírito Santo. Segundo ele, o Piauí já tem um trabalho considerado nas políticas de apoio aos quilombolas, não só em função do trabalho de regularização fundiária, mas também em relação as políticas mais amplas de inclusão social do negro na sociedade brasileira. "Aqui, já tem um trabalho muito bom com a inserção de caprinos e bovinos nestas comunidades. Também, tem um trabalho com remédios caseiros e, esse é um resgate da identidade cultural deste povo, de suas tradições", afirma Ruy.
De acordo com Jerfesson Correia, somente no norte do Espírito Santo já foram identificadas 32 comunidades quilombolas, mas há indícios não oficiais de que existam mais de 70 comunidades em todo o Estado. "No Espírito Santo, já foram produzidos sete relatórios e estamos finalizando o oitavo. Três destes já foram publicados, mas nenhuma comunidade foi ainda titulada. Tivemos uma ação emergencial de regularização fundiária na comunidade Sapê do Norte, mas falta incluir outras ações como saúde, educação, dentre outras. Falta incluir parceiros e para isso estamos formando um grupo de trabalh", finaliza Jerfesson.
10/12/07