Por José Marques de Souza Filho – Jornalista DRT 1002
Assessor de Comunicação do EMATER- PI
Tel – 9929 5814
Uma equipe de projetistas do EMATER - Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí, tendo à frente o Eng. Agron. Ademar Cabral, que é especialista em Gestão Social para Agricultura Familiar, esteve no último sábado (01) no assentamento Recanto de Santo Antônio, que fica localizado a cerca de 20 km na estrada que liga Teresina a União, para a elaboração de um projeto técnico participativo, que deverá ser enviado até o próximo dia 12 ao MDS - Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, em Brasília.
A proposta vai concorrer a Edital daquele ministério que prevê um orçamento de R$ 540 mil para o Estado do Piauí, de um total de R$ 6 milhões para todo o Brasil. "Só serão aprovados os melhores projetos. Daí, a necessidade de se trabalhar um bom projeto, onde os técnicos do EMATER vão organizar as demandas dos assentados, que vão indicar quais são as prioridades deles", disse o diretor geral do Instituto, Eng. Agrôn. Francisco Guedes, que esteve presente no assentamento na abertura dos trabalhos. Guedes também levou o diretor da FUNDESPI - Fundação do Desporto do Piauí, Vicente Sobrinho, para discutir com os assentados uma proposta de esporte para juventude do assentamento.
De acordo com Ademar Cabral, as 44 famílias do Recanto de Santo Antônio estiveram presentes na atividade, quando foram discutidos na comunidade proposta de projetos para criação de peixe, produção de mudas de caju com aproveitamento integral da fruta e criação de galinha caipira. "Os orçamentos de cada projeto serão definidos até o dia 10, dentro dos projetos técnicos que estão sendo preparados pela nossa equipe"”, finaliza Cabral.
Assentados foram beneficiados com Crédito Apoio
O Assentamento Recanto de Santo Antonio foi criado em 2003 numa ação que envolveu a participação da ex-Deputada Federal Francisca Trindade, que faleceu 2004. No ano posterior, ainda na gestão de Francisco Guedes no INTERPI – Instituto de Terras do Piauí, o assentamento foi legalizado. "Pela história de luta destes assentados, queremos tornar esta proposta como um assentamento modelo para o Brasil, um exemplo da parceira do poder público e os menos favorecidos", diz Francisco Guedes.
No mês passado, a comunidade recebeu o primeiro beneficio do INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária para implantação de assentamentos. Com o Crédito Apoio, no valor de R$ 2.400 por família, cada assentado pode adquirir os primeiros equipamentos para lavoura como enxada, arame, dentre outros equipamentos, além de um valor de R$ 400 para compra de alimentos. "Eu quero fazer também uma criação de porcos, pra juntar com os que eu já tenho aqui", disse a viúva Maria Alice da Silva, 53, que tem quatro filhos e cultiva também uma roça com arroz, feijão, milho, melancia e abóbora.
03/03/2008