Por José Marques de Souza Filho
Assessor de Comunicação EMATER/PI
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Acontece no próximo Domingo (16) a dispesca de 8 mil kg de Tilápia produzidas no sistema de tanques-rede na barragem Salinas, situada no município de São Francisco, a cerca de 400 km ao sul de Teresina. Este é o primeiro ciclo de produção em sistema integrado da comunidade de pescadores Z24, que tem 16 famílias participando do projeto."Esta é uma atividade da comunidade apoiada pelo EMATER - Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí, que colaborou na aquisição dos alevinos e colocou um técnico da administração regional do Instituto EMATER de Oeiras à disposição da colônia de pescadores para fazer deste projeto uma experiência de sucesso", diz o Eng. Agron. Francisco Guedes, diretor geral do Instituto.
De acordo com João Carlos, engenheiro agrônomo responsável pela assistência técnica do projeto, a idéia é conseguir baixar o ciclo de produção de 5 para 4 meses, conseguindo assim dois ciclos por ano."Do total de 100 tanques-rede, vamos fazer a retirada de 44 deles. Foram colocados neste sistema, nesta primeira etapa, 22.500 alevinos no mês de outubro passado. Vale explicar que na etapa de alevinagem a perda normal é de 20%. Neste caso, tivemos apenas 11,12% de perda, sendo que no final do processo a estimativa de perda deve chegar a 10%, que é uma faixa de mortalidade bastante aceitável neste ramo de atividade", explica Carlos.
O engenheiro disse que o segundo ciclo, que já começou no mês de janeiro passado, além da tilápia, também foi introduzido o peixe tambaqui. No total foram mais 19 mil alevinos, que devem ser despescados já no próximo mês de maio. "O Programa de Compra Direta Local vai garantir a aquisição de cerca de 6 mil toneladas de peixe na primeira etapa. O preço é de R$ 4,5 por kg. Cada peixe tem em média 450 gramas", diz João Carlos.
"Esta é uma boa oportunidade da agricultura familiar se profissionalizar, aprender mais. Na verdade, eles ainda não acreditam muito na técnica. Confiam mais no que eles aprenderam com seus pais e avós. Ainda é preciso mais treinamento. Em anos anteriores sem assistência técnica, a mortalidade foi muito alta e a produção foi bastante inferior a esta. Estão vendo na prática a importância da assistência técnica. A minha meta é que eles aprendam a usar mais a técnica correta. Até o final do ano, vamos fazer mais um curso de capacitação,para reduzir mais ainda os entraves e aumentar o interesse de alguns participantes visando dar mais instrução e mostar que vale a pena acreditar na atividade", finaliza João Carlos.
11/03/08