Por José Marques de Souza /Filho /
Assessor de Comunicação do EMATER
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O Centro de Referência em Maricultura, que está sendo construído com recursos da CODEVASF - Companhia dos Vales do São Francisco e Parnaíba, na praia de Pedra do Sal, em Parnaíba, e que visa dotar o Estado do Piauí de uma infra-estrutura de pesquisa e desenvolvimento do setor de Aqüicultura e pesca, vai ter como uma de suas linhas de atuação a pesquisa do biodiesel de algas marinhas. Apesar de render mais óleo que as fontes terrestres, as algas tem a dificuldade de ter ainda um custo de produção muito alto.
Foi o que informou na última quinta-feira (17) a pesquisadora Elitiene Pereira, durante visita à obra dos representantes de diversas instituições ligadas ao setor, dentre elas o diretor geral do EMATER - Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí, Eng. Agrôn. Francisco Guedes, José Claudenor, subsecretário de Planejamento de Aqüicultura e Pesca da SEAP - Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (órgão ligado à Presidência da Republica), o prefeito de Parnaíba José Hamilton, o chefe geral da EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Waldemício Ferreira e o Secretário do Desenvolvimento Rural, Elcio Martins.
De acordo com Guedes, a visita serviu para dá o pontapé inicial na discussão sobre um modelo de gestão compartilhada para o empreendimento. "Quando eu era presidente da CODEVASF, fiz uma visita ao delta do rio São Francisco entre Alagoas e Sergipe, onde tinha um centro de aqüicultura e pesca. Então, vi a necessidade de ter um destes aqui no rio Parnaíba. Mas, aqui, esta proposta vai ser mais ampliada, ainda através de uma gestão compartilhada envolvendo os governos federal, estaudal e municipal, pesquisadores e as associações e colônia de pescadores", disse Guedes.
Segundo a pesquisadora Elitiene, o Centro vai ter três laboratórios de melhoramento genético e patalogênia, um de nutrição, um de recursos pesqueiros e uma ampla sala de administração. Outros galpões vão servir para caracterização de algas, camarões, carangueijos, e peixes como o Camurupim.
Valdemício Ferreira, chefe geral da EMBRAPA, instituição parceira desde o planejamento e estruturação da obra, informou que está acompanhando a obra a cada dois meses. Segundo ele, o atraso ocorrido no início foi devido ao embargo ao jazigo para fazer o aterramento. "A partir do meio deste ano vamos começar a trazer os equipamentos", disse Valdemício, acrescentando que a previsão é de que o Centro de Maricultura seja inaugurado no próximo ano.
19/04/08