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Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí
Arroz agroecológico é tema de dia de campo em assentamentos
28/10/2008 - 00:13:41  
  
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Plantação de arroz orgânico
Por José Marques de Souza Filho
Assessor de Comunicação EMATER
Tel - 8851 2986

Atividades em assentamentos de Joaquim Pires, localizado a cerca de 250 km ao norte de Teresina, vão movimentar aquele município no próximo dia 15 de novembro. Na parte da manhã, o EMATER - Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí e seus parceiros, dentre eles o Crédito Fundiário, realizam Dia de Campo sobre a cultura do arroz ecológico no assentamento "Aninga", que tem 30 famílias. À tarde, as instituições fazem a inaugurado do assentamento "Marcolino", que tem 10 famílias.

De acordo com o técnico agropecuário Aldo Queiroz, do EMATER de Porto, que atua também em Joaquim Pires, esses assentamentos fazem parte do programa Crédito Fundiário. "Estão sendo convidados todos os parceiros que atuam nos assentamentos. Além do EMATER e Crédito Fundiário, devem fazer parte das atividades representantes do BNB - Banco do Nordeste, a Prefeitura Municipal de Joaquim Pires, integrantes de outros assentamentos e comunidade em geral", disse Aldo.

Segundo Aldo, o EMATER presta assistência técnica a estes dois projetos desde a fase de implantação com a construção das casas, eletrificação, abastecimento d´agua (feito em parceria com prefeitura municipal daquele município) e implantação de pomares domiciliares onde cada assentado plantou mudas de frutas regionais como manga e citros. "Dentro da proposta de recuperação ambiental, também fizemos o plantio de arvores nativas como Pau-Darco, Ipê, Cedro, Imburana e Angico Preto nas áreas de reservas  
Arroz orgânico

De acordo com Aldo Queiroz, o arroz ecológico, quando certificado pelas instituições autorizadas, passar a ter o status de arroz orgânico, o que garantirá maior preço e, conseqüentemente, mais renda àquelas famílias. A maior característica do produto é a não utilização de agrotóxicos nem fertilizantes no processo de produção. "No assentamento "Aninga" foram plantados 30 hectares deste tipo de arroz (que é conhecido também como Arroz de Lagoa). A expectativa de produção é de cerca de 150 toneladas, que serão colhidas em duas etapas. No mês de setembro foi feita a primeira colheita e no próximo mês de dezembro acontece a Segunda", afirma Aldo.

O técnico explica que, numa colheita como esta, a previsão é de um faturamento de cerca de R$ 120 mil, com uma estimativa ainda de produção de 150 toneladas "in natura". Atualmente o preço está em torno de R$ 800,00 a tonelada. "Neste caso, cada família poderá ganhar até R$ 4 mil. Como este assentamento dispõe de uma estrutura compacta de beneficiamento de arroz em casca, que agrega valor à produção gerando produtos derivados como arroz beneficiado, farelo, casca e quirela, o ganho por família chegará a R$ 6 mil, com um aumento em cerca de 60%", explica Aldo.

Ele faz questão de enfatizar, que o aumento nos ganhos com o beneficiamento chega a R$ 70 mil, o que eleva o faturamento final para R$ 200 mil, com a possibilidade de cada família faturar em torno de R$ 6 mil. "Esse ganho ainda é maior, pois este é o faturamento apenas com a cultura do arroz, mas cada família tem outras atividades como criação de pequenos animais como aves, suínos, caprinos e até bovinos, que se alimentam das sobras de culturas da produção de arroz. Não esquecendo que cada família recebeu 40 mudas de frutíferas, que também deverão estar produzindo dentro de pouco tempo e gerando renda e melhor qualidade de vida para estes assentados", finaliza Aldo.

O Diretor Geral do EMATER disse que estas famílias assentadas estão na rota do empreendedorismo, estão saindo da linha da pobreza. Gostaria de parabenizar a iniciativa empreendedora do extensionista Aldo Queiróz e a todas as famílias do assentamento  Aninga, que através da organização, da união e do atendimento técnico conseguiram avançar. Todos estamos muito felizes com isso".   

21/10/08
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