Por José Marques de Souza Filho
Assessor de Comunicação EMATER
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Curso de capacitação de mudas de caju
 
Termina no próximo sábado (06) a terceira etapa das capacitações para produção de mudas e manejo na produção de caju que a regional do EMATER – Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí, de Picos, está realizando para 160 agricultores familiares daquela região. De acordo com o Eng. Agrôn. Clébio Coutinho, coordenador regional do EMATER em Picos, que esteve em Teresina na semana passada, durante a Feira do Empreendedorismo, a produção de mudas de caju esta sendo feita nos municípios de São José do Piauí, Francisco Santos, Monsenhor Hipólito e Massapê.

Ele explica ainda que, além dos municípios citados, Alagoinha do Piauí, Campo Grande do Piauí, São José do Piauí e Santana, a proposta de produção de mudas em viveiros vai servir também para formar sete “Jardins Clonais” em cerca de um hectare de caju, em cada município, visando à extração do material (garfo e a borbulha) para enxertia.

“Esses jardins vão possibilitar que se tenha material genético de quatro clones de caju, difundindo variedades de clones de caju. A idéia é que, no próximo ano, os agricultores familiares possam escolher uma variedade mais produtiva, ou a que tenha um caju mais aceito na mesa, ou na indústria para produção de cajuína”, explica Clébio. 

Cada município participa com 20 agricultores familiares onde as capacitações são realizadas em três módulos, num total de 72 horas. “O objetivo é preparar esses agricultores familiares para trabalharem nos projetos do PRONAT – Programa Nacional de Desenvolvimento Territorial (antigo PRONAF Infra-estrutura), que é executado pelo EMATER, através de convenio com a SDT – Secretaria de Desenvolvimento Territorial, do MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário. As capacitações foram iniciadas com a mandiocultura e agora estão sendo feitas com o caju”, disse Clébio.

EMATER/Picos supera cota do Garantia Safra

Outro trabalho de destaque da regional de Picos, que envolve 24 municípios, foi a conclusão do cadastramento de agricultores familiares no Programa Garantia Safra 2008/2009, em 17 municípios. Segundo Clébio, o esforço da regional conseguiu superar a cota de 15.600 inscrições prevista para aquela região. “Cerca de 20 mil famílias foram cadastradas. Comparando com a cota total de 80 mil para todo o Piauí esse é um dado muito importante”, disse Clébio.

EMATER/Picos qualifica crédito do PRONAF

Clébio disse que os técnicos do EMATER/Picos estão fazendo também o trabalho de Qualificação dos Créditos do PRONAF-C/Custeio para culturas de mandioca, caju, feijão e algodão, previstos no zoneamento daquela região, onde a meta é atender 1800 famílias. Segundo Clébio, o EMATER/Picos está indo às comunidades para fazer a extensão rural, levando informações sobre que tipo de documentação cada agricultor precisa estar com ela em mãos para ter acesso ao crédito, além de informar sobre prazos de financiamento e épocas de retornar o crédito.

“Outro árduo trabalho foi o da recuperação do crédito dos agricultores familiares junto aos agentes financeiros. Em vários municípios, o PRONAF encontrava-se com um taxa de inadimplência muito grande naquela região. O EMATER/Picos foi parceiro do BB – Banco do Brasil e BNB – Banco do Nordeste em cada um dos municípios, ajudando na localização do agricultor, informando os benefícios, tanto na adesão da negociação quanto nos aditivos de prorrogação das dividas”, disse Clébio.

Região de Picos desenvolve a Cajuína

 
Cursos de capacitação em aproveitamento integral do caju

Com base na proposta do Governo do Estado de fazer chegar ações de empreendedorismo à agricultura familiar, o Eng. Agrôn. Clebio Costa disse que, de 2004 para cá, o EMATER/Picos realizou 14 capacitações de aproveitamento integral do caju, com ênfase na produção de cajuína, em diferentes municípios daquela região. A ação está gerando várias iniciativas empreendedoras de sucesso. Segundo ele, quatro comunidades já produzem cajuína como, por exemplo, Mirolândia, de Picos, que produz de 8 ou 10 mil garrafas por ano e a comunidade Val Paraíso, capacitada este ano, que já é referência na produção de doce e rapadura do caju.

 “Uma comunidade da sede o município de Santana produziu cajuína esse ano em parceria com o município e já inseriu a cajuína na merenda escolar. Em Caldeirão dos Oliveira, em Francisco Santos, que produz cajuína desde 2004, o técnico do EMATER/Picos está sinalizando o apoio da Fundação Banco do Brasil para eles produzirem em escala comercial a partir do próximo ano”, disse Clebio.
A comunidade Quilombola Miarim dos Leandros, em Monsenhor Hipólito, capacitada este ano, já produz cajuína e doce. “Eles já vendem no mercado de Picos. Tem um restaurante que compra toda a produção da comunidade. Tivemos agora o aniversário de três anos da TV Picos e a cajuína servida no evento foi dos Mearin dos Leandros. Isso dá uma satisfação muito grande pra gente, vendo o resultado que a gente esperava acontecer”, diz Clébio

Bocáina amplia produção de peixe


Piscicultura no açude de Bocáina

O coordenador finalizou dizendo que, agora em 2008, o núcleo diretivo do Território do Vale do Guariba aprovou projeto no valor de R$ 36 mil para ampliar os tanques-redes para construir uma unidade de armazenamento no açude Bocáina. Segundo Clébio, o EMATER vai ser o executor do trabalho que vai beneficiar 15 famílias daquele município.  “Essa é uma ação nova do EMATER. Mas, nós costumamos dizer que fomos os pioneiros desse trabalho, onde as famílias conseguem vender de 4 a 6 mil toneladas de peixe por ano.


Piscicultura no açude de Bocáina

Segundo Clébio, em 2003/04, através de ações do PCPR – Programa de Combate da Pobreza Rural, o EMATER elaborou um projeto de 15 tanques-rede para a Cooperativa de Piscicultores, que tem o apoio da CODEVASF – Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba para um amplo projeto de piscicultura naquela região, que pretende superar os 400 tanques-redes existentes atualmente.  “O EMATER atua na organização e capacitação dos produtores, elaboração dos projetos e dá assistência técnica sistemática, com trabalho de biometria dos peixes, manejo dos tanques, etc, ”, finaliza Clebio Coutinho.

03/12/08