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Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí
Tecnologia do cajueiro anão precoce chega à região de Picos
31/03/2009 - 00:12:32  
  
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Eng° Agr° Gilberto Santiago
Por José Marques de Souza Filho
Assessor de Comunicação do EMATER
Tel 8851 2986

Escolher entre plantar um cajueiro que produza castanha grande com um pedúnculo pequeno ou, ao contrario, que tenha uma castanha pequena com um pedúnculo grande, ou com dupla aptidão, dentre outras vantagens, vai ser uma opção para os agricultores familiares da região do município de Picos e Paulistana, que ficam na região semi-árida piauiense. É que o EMATER – Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí está implantando jardins clonais e viveiros de produção de mudas enxertadas de cajueiro anão precoce, que vão garantir a comprovação genética das mudas de cada variedade de cajueiro, com registro no RENASEM – Registro Nacional de Sementes e Mudas.

Foi o que garantiu hoje (31) o Eng° Agr° Gilberto Santiago, assessor técnico do EMATER    , que atua desde a implantação deste projeto. “No jardim clonal são retirados da planta-mãe borbulhas, gemas ou garfos de alta qualidade de variedades de cajueiro que se adéqüem ao que você quer fazer. Se é para produzir caju de mesa, você vai ter certeza que vai produzir. Se, ao contrario, for para produzir castanhas grandes para ser beneficiada na agroindústria (e, neste caso, é importante que as castanhas sejam grandes para obter melhores preços no mercado de exportação), então, vamos oferecer isso”, explica Gilberto.

Jardins Clonais
Campo de jardins clonais

De acordo com o técnico, dos sete jardins clonais previstos para a região de Picos e dois para a região de Paulistana, cinco já estão prontos, sendo três em Picos e dois em Paulistana. Serão beneficiadas diretamente 20 famílias por cada projeto, o que vai envolver diretamente 300 famílias no total. “Os viveiros servem para abrigar as mudas. São quatro na região de Picos e dois em Paulistana. Já estão prontos viveiros nos municípios de Francisco Santos, Mons. Hipólito e Santana do Piauí. Cada projeto está sendo construído em um hectare e deve produzir cerca de 20 mil mudas por viveiros, mantendo uma relação com os jardins clonais”, completa Gilberto.

Ele explica ainda que, os projetos, vão ficar sob a responsabilidade das associações de cada comunidade, como é o caso da Associação dos Pequenos Produtores de Caldeirão dos Oliveira, em Francisco Santos, na região de Picos, onde a comunidade está bastante interessada nesta atividade. “A previsão é de que, até dezembro, seja possível fazer o registro no RENASEM”, diz Gilberto.

Estrutura de produção de viveiros de mudas
Estrutura de produção de mudas

“A importância maior deste projeto para aquela região, que tem grande produção de castanha de caju, é a introdução da tecnologia. Com relação ao tamanho da amêndoa, temos o 076 (variedade) que tem peso da amêndoa em torno de 1.8 g. No entanto, estamos introduzindo o BRS 265, que é o Pacajus, que tem o peso em torno de 2,6 g. Então, isso é muito importante para aumentar, tanto a produtividade, quanto a receptividade da indústria, pois vamos ter castanhas maiores, preços melhores e maior competitividade no mercado internacional”, finaliza Gilberto.
 
31/03/09
EMATER – Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí
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