Por José Marques de Souza Filho
Assessor de Comunicação do EMATER
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Técnicos das regionais do EMATER – Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí de Teresina, São Raimundo Nonato e Parnaíba estão sendo capacitados em Roteiros e Inventários Turísticos. O evento acontece desde segunda-feira (13) e vai até sexta-feira (17) no Centro de Treinamento da Agricultura Familiar do EMATER, que fica no km 10 da BR 343, estrada que liga Teresina a Altos, e faz parte das atividades da Rede Temática de Turismo Rural, no âmbito de convênio com o MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário. A atividade está sendo ministrada pela professora Gracimar Tavares, formada em Turismo pela UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte com mestra em Desenvolvimento e Meio Ambiente.
De acordo com a assistente social e pedagoga, Rita Dantas, uma das coordenadoras do evento, este é um inicio de um trabalho que vai se estender por todas as regiões do estado. “O prosseguimento deste projeto é um seminário de sensibilização para cerca de 20 pessoas que vai acontecer no assentamento Bela Fonte, no município de União. Esse é um assentamento do Programa Crédito Fundiário onde a comunidade está sabendo o que quer. É um pessoal muito articulado e essa organização é um critério que determina a nossa atuação”, disse Rita.
Rita Dantas e professora Gracimar Tavares.
Para o técnico em agropecuária Levi Lustosa, que representa o escritório do EMATER do município de Oeiras, o curso veio dar outra visão para os técnicos, que ainda não era observada. “É uma visão a mais para a extensão rural. Em Oeiras já tem um foco turístico religioso e cultural bem definido. O turismo rural vem somar, pois podemos levar o turista a conhecer as propriedades rurais, o outro lado do campo”, diz ele.
O técnico agrícola Francisco França, que é do escritório do município de Cocal e representa a regional de Parnaíba, um bom foco para o turismo rural é a produção de cajuína. Mas, ele relata também o potencial da produção de graviola, que está sendo feita na comunidade Tapicuru. “No rio Pirangi, que corta Cocal de um extremo ao outro, temos agricultores familiares trabalhando com artesanato, pesque-pague, comercio rural, venda de bebidas, banhos, etc. Também tem a comunidade Poço da Pedra, onde existem inscrições rupestres”, destaca França.
Francisco França ... Levi Lustosa
Para a professora Gracimar Tavares, existe a concepção de que, para desenvolver o turismo rural, as pessoas têm que encher a fazenda de alguma coisa, tem que investir muito. Ela esclarece que a característica do turismo rural é exatamente o pouco, a visão rústica. “Então, as pessoas acham que ninguém vai vir de São Paulo pra cá se não tiver... Vem, com certeza, vem! A gente está começando...”, ressalta Gracimar.
De acordo ainda com ela, uma das principais motivações que levam o turista, especialmente da zona urbana, a procurar o turismo rural é o sossego. Estas são relações que não tem mais dentro do cotidiano urbano. “No turismo rural ele tem, não só essa questão do sossego, mas o próprio tratamento. Hoje a gente fala que o turista não quer só cuidar do corpo, mas da mente também. Então é uma alternativa para as pessoas passarem um final de semana com a família em um lugar tranqüilo, que hoje, nas zonas urbanas, você não tem mais”, finaliza Gracimar.
15/04/09
