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Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí
ATER chega a 793 famílias de assentados em 2008
17/04/2009 - 00:12:08  
  
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Reuniâo no assentamento Pilões de Pedra
Por - José Marques de Souza e Leonardo Maia
ASCOM/EMATER
Tel 3216 3856

Com base na prerrogativa do governador Wellington Dias, que quer criar no mínimo um assentamento em cada município piauiense, o EMATER – Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí mantém uma coordenação permanente das ações de ATER - Assistência Técnica e Extensão Rural junto aos programas CF - Crédito Fundiário, ligado à CCPR – Coordenação de Combate à Pobreza Rural, e CAF – Consolidação da Agricultura Familiar, que beneficiaram 793 famílias no período 2007/2008.

O técnico agrícola, Avelar Almeida, que coordena as equipes de técnicos do EMATER que atuam nesta proposta em cada região, disse hoje (16) que essa coordenação é necessária porque, em vários casos, alguns municípios ficam fora da área de atuação dos serviços de ATER feitos por empresas privadas. “Em cada projeto do CF, que no período passado beneficiou 683 famílias com a aquisição de 8.971 hectares de terras, existe um percentual de 6% dos recursos para ATER. Já o CAF, que adquiriu 5.472 hectares de terras no mesmo período, o valor é de 8%”, explica Avelar. 

Assentamento
Assentamento Pilões de Pedra

Avelar explica que o trabalho funciona em duas etapas, que começa com a implantação do assentamento com a mobilização do grupo de famílias para adquirirem a terra, à criação da entidade representativa da comunidade, até os projetos de infra-estrutura básica como construção das moradias, abastecimento de água, energia elétrica e incentivo à produção. Na segunda fase, os técnicos entram com o apoio das ações do PRONAF - Programa Nacional de fortalecimento da Agricultura Familiar.

Em 2009, mais 106 famílias de sete municípios piauienses serão beneficiadas com 1.900 hectares de terra. “É importante o EMATER desenvolver esses trabalhos nas ações de reforma agrária, pois, dessa forma, não pegamos o processo pelo meio do caminho. Temos a possibilidade de acompanhar, da formação até a comercialização da produção, que é o fechamento da cadeia produtiva. Assim é possível fazer um trabalho integrado, participativo, com condições de buscar o desenvolvimento sustentável das comunidades rurais, melhorando a condição de vida dessas famílias”, afirma Avelar.

Como funciona o trabalho

De acordo com o Eng° Agr° Emílio Melo, que atua também na coordenação, as famílias não precisam pagar pelas obras de infra-estrutura, moradia, sistema de água, energia, incentivo a produção. Somente os recursos destinados a compra da terra é que devem ser reembolsados por elas. Esse pagamento é feito com descontos bem significativos. “No ano passado, os assentamentos Aninga e Extremo, que ficam no norte do estado, foram destaque nacional com o plantio de arroz irrigado”, diz Emilio.

Assentamento
Assentamento Pilões de Pedra

De acordo com ele, outros arranjos produtivos priorizados nos assentamentos são a cajucultura integrada à agroindústria com a produção de cajuína, a criação de pequenos animais como galinha caipira, caprinos e ovinos, além da piscicultura, que tem como bom exemplo o assentamento Pilões de Pedra, na mesma região, que se destacou na produção de peixe em tanque-rede, cujo trabalho envolve 30 famílias.

Ele disse ainda que o projeto também trabalha, junto as famílias assentadas, técnicas de recuperação das áreas degradadas, preservação dos rios, riachos e córregos, envolvimento das famílias com questões culturais e de etnia, dinamização da produção com introdução de tecnologias e atividades alternativas, por exemplo, a convivência com o semi-árido.

Ele explica também que, com os empréstimos subsidiários, com juros negativos, uma terra comprada por 50 mil reais, com um prazo de 12 anos para pagar, chega a ficar por um preço de 30 mil. As vezes as famílias chegam a pagar as prestações com galinhas. Com isso, o índice de inadimplência é 0,01%, quase não existe. De 2003 pra cá, muitas famílias já começaram a pagar”, conta Emilio.

“O EMATER assumiu o desafio de desenvolver essas atividades em municípios mais distantes da capital, menos desenvolvidos e com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), pois os assentamentos contribuem com o desenvolvimento local, da comunidade, do município e, conseqüentemente, do Estado”, finaliza Emilio.

17/04/09


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