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Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí
Agricultores de Cocal vão fazer processamento da graviola
28/04/2009 - 00:16:51  
  
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Servidoras apresentam a graviola
Por José Marques de Souza Filho e Leonardo Maia
ASCOM/EMATER
Tel – 8851 2986

Agricultores familiares da comunidade Itapecuru, do município de Cocal, localizado na região norte do Estado, participam de 4 a 8 de maio, de treinamento para processamento da graviola, conhecida pela ação combativa no tratamento de doenças como o câncer. De acordo com os organizadores do evento, o curso é uma demanda da própria comunidade, que produziu 10 toneladas de graviola, das 15 toneladas produzidas no município de Cocal.

“Produzir polpas, doces, geléias e outros produtos através do processamento de frutas tropicais como a graviola, o caju e o umbu, é uma boa alternativa para o agricultor familiar agregar valor às suas produções”, diz o Eng° Agr° Milton Paula que, juntamente com a Nutricionista Márcia Ferreira, coordena a Rede Temática da Agroindústria Familiar, que atua no incentivo ao processamento de frutas regionais, coordenada no Piauí pelo EMATER - Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí.

O treinamento será ministrado pelas extensionistas rurais do EMATER, Teresinha Betinalva e Maria Luíza, para cerca de 20 participantes. “Após a realização desses cursos, as famílias participantes têm a alternativa de comercializar parte da produção. Além de agregar valor, também buscamos mercados alternativos para as famílias, como, por exemplo, uma articulação que está sendo feita junto ao poder público municipal para que os produtos da graviola sejam incluídos na merenda escolar local. Isso trará incentivo à produção agrícola e novas oportunidades de trabalho e renda”, afirma Milton.

Graviola é vendida “in natura”

Graviola
Graviola

Segundo o Eng° Agr° Alberto Loiola, coordenador da regional do EMATER em Parnaiba, da qual faz parte o município de Cocal, a graviola produzida na comunidade Itapecuru era comercializada “in natura”, ou seja, do jeito como é colhida, para estados como o Maranhão e o Pará. Com o curso, Loiola afirma que as famílias vão ter acesso aos conhecimentos e às tecnologias de produção de polpas, doces, geléias, sorvetes, sucos, vitaminas e outros tipos de produtos. “Além da graviola, a ata e demais frutas cultivadas na região também passarão pelo mesmo processo de tratamento da polpa”, afirma.

Loiola disse que no dia 08, no encerramento do curso, acontece uma exposição e degustação dos produtos feitos durante os cinco dias de capacitação. Ele acrescenta ainda que representantes dos dez municípios que compõem a regional/Parnaíba estão convidados a participar e apresentar novas demandas. “É importante que os prefeitos ajudem no incentivo dessas culturas regionais”, destaca Loiola.

Capacitações atingem todo o Estado

De acordo com Milton Paula, outras capacitações foram realizadas nessa mesma comunidade, Itapecuru, como o curso de processamento do pedúnculo do caju. Milton conta que, no Piauí, dependendo da região, existem alternativas de trabalho no processamento de frutas tropicais durante quase todo o ano. “No caso do caju, a safra é de setembro a novembro, o umbu, outra fruta já trabalhada, é de novembro a março, a graviola é de março a maio”, diz Milton.

Para ele, o efeito da realização dos cursos nas comunidades beneficiadas é muito maior do que somente o aproveitamento integral de frutas regionais. “É uma contribuição à educação, à saúde, à identificação com a cultura local, à economia do estado e a geração de trabalho e renda.

Ele destaca ainda que, só na comunidade Coroatá, no município de Picos, na região semi-árida do Estado, após treinamento realizado naquela comunidade, foram comercializados 400 quilos de polpa de umbu. “Cada quilo de polpa foi vendido a R$ 8,00, enquanto 1 litro da fruta in natura é vendido a 0,80 centavos. Um litro produz em média meio quilo de polpa, metade é R$ 4,00. Isso significa uma agregação de valor correspondente à 400%”, finaliza Milton.

28/04/09
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