Por José Marques de Souza Filho
Assessor de Comunicação EMATER
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Empolgado com as vantagens do processamento da graviola, apresentadas no curso de aproveitamento de frutas tropicais realizado pelo EMATER – Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí, na semana passada, no município de Cocal, que fica na região norte do Estado, o produtor Janailton Machado, da propriedade Gameleira, que fica a 32 km da sede daquele município, decidiu investir na industrialização do produto, ao invés de vendê-lo in natura para os estados do Maranhão e Ceará.
“Os seiscentos pés de graviola que tenho, dão uma média de quatro a cinco toneladas por ano, mas é vendida, todinha, para o Maranhão e Ceará, com o quilo a R$ 1,00 ou 1,20. Hoje, vendo a situação aqui, de tirar a polpa, que é mais fácil de ser beneficiada, bem vendida, dá mais dinheiro... Com a retirada da polpa, é mais aproveitada. Já estou pensando, no próximo ano, fazer isso. Se Deus quiser, vou me preparar para fazer isso, para ela (a graviola) ser industrializada, mais fácil, melhor, com mais renda, mais dinheiro”, diz o senhor Janailton.
Produtor Janailton Machado
Os produtores de graviola e outras frutas tropicais foram um dos convidados da Rede Temática da Agroindústria Familiar, coordenada pelo EMATER, no encerramento do Curso de Capacitação no Aproveitamento Integral de Frutas Tropicais com ênfase na Graviola, que aconteceu de 4 a 8 de maio, na Escola Agrotécnica de Cocal, onde participaram agricultores familiares da comunidade Itapecuru e alunos daquela escola agrotécnica.
Além dos produtores, o encerramento do evento contou com representantes da prefeitura de Cocal, Sistema FIEPI/SENAI, Banco do Nordeste, ADAPI – Agencia de Defesa Agropecuária, diretores da escola agrotécnica, técnicos do EMATER dos municípios da região de Parnaíba.
Participantes do curso de processamento de graviola
Para Teresinha Betinalva, extensionista rural do EMATER, uma das ministrantes do curso, a polpa de fruta era vendida muito pouco no município de Cocal, pois somente uma pessoa sabia fazer. “O ganho chega a ultrapassar a 50%, pois a fruta in natura é vendida a R$ 1,50, enquanto que o quilo da polpa chega ser vendido de R$ 5,00 a 6,00. Então, é um valor muito grande que é agregado ao produto. Além disto, eles aprenderam a fazer o doce cremoso, compota, geléia, pudin, bolo e docinhos. Eles ficaram impressionados com isso, não sabiam que podiam fazer tanta coisa com a graviola”, finaliza Betinalva.
Frutas regionais na merenda escolar
O diretor geral do EMATER, Eng° Agr° Francisco Guedes, que presidiu a solenidade de encerramento do curso, aproveitou a oportunidade para ampliar a parceria com a Escola Agrotécnica de Cocal. Além do trabalho com o aproveitamento da graviola, já estão previstos mais cinco cursos para beneficiamento do leite e a colocação de bases industriais didáticas para os alunos usarem como unidades demonstrativas para os agricultores familiares. “Além disto, estamos propondo uma parceria para uma unidade didática de horta coletiva, além de mais cursos de aproveitamento integral do caju”, disse Guedes.
Ele falou ainda que o presidente Lula baixou uma medida provisória, que está em votação na Câmara dos Deputados, para que 30% da merenda escolar sejam oriundas da agricultura familiar daquele município. “Nós propomos a prefeitura de Cocal, através da primeira dama (que esteve presente ao evento) que sejam incluídos estes produtos, mesmo antes da medida provisória”, finalizou Guedes.
Depoimentos:
1 – “Esta parceria com o EMATER e com outros órgãos é importante para que a gente possa oferecer um ensino de qualidade em nossa escola. Porque, de nada adianta, formar técnicos em agropecuária e agroindústria só na teoria”. Profª Raimunda Albuquerque, supervisora de ensino da SEDUC em Cocal.
2 – “Eu não conhecia o EMATER. Só ouvia falar. Mas, agora com essa parceria, a nossa escola só tem a ganhar com mais cursos. Além disto, os técnicos conseguiram uma coisa impressionante, que foi segurar os alunos, que são adolescentesm no curso de maneira brilhante”. Profª Alessandra Carvalho, diretora da escola agrotécnica.
3 – “Às vezes, um produto que está dentro da nossa cidade, do nosso município, a gente não valoriza. A graviola é uma fruta muito rica e a gente nunca imaginava que podia dá tanta coisa tão gostosa como os brigadeiros de graviola. Marcia Gomes, aluna.
4 – “Nós vemos isso com bons olhos e estamos dando total apoio em tudo o que for possivel, pois nós sabemos que é aí que vem o desenvolvimento do nosso município”. José de Paiva, Sec. de Agricultura Cocal.
José de Paiva, Sec. de Agricultura Cocal.
5 – “Com relação ao crédito, nós temos toda a infra-estrutura para atender estes produtores através do Pronaf, que é um publico que se enquadra nesta agriultura familiar, tanto que estamos trazendo o agroamigo, que é o microcrédito acompanhado, que vai estar instalado aqui em Cocal”. José do Egito, gerente de suporte de negocio do Pronaf/BNB/Parnaíba.
José do Egito, gerente de suporte de negocio do Pronaf/BNB/Parnaíba.
Nutricionista Marcia Ferreira
7 – “Nós queremos está sempre incentivando, articulando, procurando gerar, cada vez mais emprego e renda, divisas para o município, agregar valor ao agricultor familiar do Piaui, Domingos Marques, Diretor de Empreendedorismo EMATER.
11/05/09
