Por Christianne Melo, Leonardo Maia e Sarah Fontenelle
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O EMATER-PI (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural) e o INCRA fortaleceram uma parceria cuja proposta é aplicar uma experiência piloto em assentamentos de Reforma Agrária recém-criados. Em reunião realizada na última quinta-feira (16), representantes dos dois órgãos discutiram a aplicação de uma nova metodologia de intervenção junto aos assentamentos. A idéia do projeto é realizar o acompanhamento técnico durante toda a fase produtiva das atividades dos assentados.

Esse trabalho vai ocorrer nos assentamentos Juazeiro e Sambaíba, municípios de José de Freitas e Altos respectivamente, localizados no Território Entre Rios. Inicialmente, EMATER e INCRA estão capacitando técnicos para começar a implementar essa atividade. De acordo com Laura Emília, Diretora de ensino e extensão (DIEEX) do EMATER, estão sendo desenvolvidas duas frentes de atuação.

“A primeira frente é institucional, para construir o contrato de cooperação técnica que vai oferecer amparo legal a essa ação. A outra, é o trabalho dos próprios técnicos, permitindo que a ação já seja desenvolvida. Portanto, essa é uma ação imediata, porque esses dois assentamentos, com apenas seis meses de criação, vão receber a assistência técnica, paralela ao processo inicial de estruturação dos assentados”, explica a diretora.

O Engenheiro Agrônomo do INCRA, Ewerton de Oliveira Costa, acredita que a assistência técnica deva estar presente desde o início da implantação do assentamento para que haja uma maximização dos recursos disponibilizados ao agricultor,fazendo com que o crédito seja utilizado de forma apropriada. “Com essa parceria queremos chegar o mais próximo do que acreditamos ser a reforma agrária, ou seja, não é só disponibilizar crédito, mas também suprir uma demanda dos assentados”, declara o agrônomo.

Ewerton ainda acrescenta que já estão preparando uma visita ao assentamento para mostrar as propostas e montar uma agenda de trabalho junto à comunidade, e espera que dessa forma o processo seja, não só de acompanhamento, como também de troca direta com a comunidade.

Para o EMATER essa é a inovação dentro do processo de assistência técnica e extensa rural a assentamentos. Anteriormente, a assistência técnica só acontecia após a criação dos assentamentos e a utilização do crédito inicial para a instalação dos mesmos pelas famílias assentadas. Ou seja, o acompanhamento dos técnicos, durante a fase produtiva, ocorria a partir da liberação dos créditos de produção. Agora, será aplicado de uma forma bem mais eficiente, agindo desde o processo inicial, na formação dos assentamentos.