Por Sarah Fontenelle - estagiária
No decorrer dessa semana, teve início no Centro de Treinamento da Agricultura Familiar (CENTAF), do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí (EMATER-PI), o curso é destinado a Multiplicadores em perícia técnica e conra com a participação de três Técnicos do MDA que vieram de Brasília.
As abordagens são em torno das temáticas de Unidades de Referência para qualificar o técnico no acompanhamento das amostragens que fazem durante suas visitas no período da lavoura. Assim como o zoneamento agrícola, a saber, quais os solos aptos para o plantio atendendo os requisitos das áreas de preservação ambiental, por exemplo, e ainda temáticas que envolvem a legislação das práticas de perícia.
Os agricultores familiares são assegurados pelo Seguro da Agricultura Familiar (SEAF) com 100% de financiamento e 75% da renda líquida, mas o agricultor somente recebe o seguro depois da emissão do laudo feita pelo perito que por sua vez deve está devidamente qualificado e credenciado para exercer tal função. “Com um perito capacitado teremos uma melhora na gestão e poderemos alcançar a sustentabilidade do programa atendendo melhor o agricultor que não será lesado no recebimento de seu seguro” diz o Assessor Técnico do MDA, Eduardo Gastaldo.
Alguns dos eventos pelos quais o agricultor pode ser ressarcido são chuvas ou secas excessivas, mudanças bruscas de temperatura, geadas, granizos, pragas ou doenças sem método de controle. Para tanto o perito deve estar preparado para detectar se as lavouras passaram por esses eventos ou se o agricultor não soube usar as tecnologias necessárias, como escolhas de solos e sementes, controle de mata ou mesmo se o crédito cedido foi utilizado como deveria. Assim, Eduardo acrescenta que o técnico capacitado poderá também da melhor orientação do plantio para os agricultores familiares.
Segundo o Supervisor de Crédito Rural do EMATER-PI, Lucas Bittencourt, o curso atende os 17 escritórios regionais do EMATER-PI, com especial atenção as regiões onde houve maior perda de safra neste ano. Lucas aproveita para lembrar que este foi um ano atípico, por conta das fortes chuvas, que prejudicou principalmente a lavoura do feijão.