Sarah Fontenelle - Estagiária ASCOM
O Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí iniciou nesta segunda-feira (14), curso de GSP (Global Positioning System) e uso do receptor de navegação para capacitação de seus técnicos. O curso acontece no Centro de Treinamento da Agricultura Familiar (CENTAF) atendendo 25 extensionistas das 17 regionais atendidas pelo EMATER-PI.
O objetivo do curso é de capacitar técnicos para o uso adequado do receptor de sinais, que serão posteriormente multiplicadores em sua região e melhor atender às demandas da agricultura familiar, bem como atender as exigências do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário), no que diz respeito à fiscalização da execução de projetos.
Melhor planejamento
“Ao EMATER, esse curso serve para, além do olhar fiscalizador, como para um melhor planejamento de viagens para o cálculo de custos, e dá a possibilidade de fazer a fotointerpretação de imagens georeferenciadas para detectar os melhores solos para determinada cultura”, explica o Engenheiro Agrimensor, Rogério Carvalho Veras, Professor da Universidade Federal do Piauí (UFPI). O Engenheiro acrescenta que o curso traz temáticas que geralmente não são trabalhadas nas escolas de engenharia como coordenadas geográficas e coordenadas planas ATM (Altimétricas), importantes para esse tipo de abordagem.
“Nós temos dois aparelhos na nossa regional, mas só utilizamos para georeferenciamento de latitudes e longitudes, o que é muito restrito para o potencial do GPS. Com dois dias de curso já sentimos a diferença. já aprendemos a traçar rotas e trabalhar o fuso horário, por exemplo, o que é muito importante quando estamos fazendo laudos periciais do Garantia Safra”, diz o Técnico e Coordenador territorial do EMATER de Paulistana, Roberto Arrais.
O curso tem carga horária de 40 horas e está dividido entre partes teóricas e praticas. Para citar alguns exemplos, as práticas de campo trabalham a navegação – sair de ponto a outro –, levantamentos de pontos de propriedade e georefereciamento de imagens. Essas práticas, que serão úteis no trabalho diário de Roberto Arrais, que trabalha com o projeto de cisternas em Acauã, município que possui cerca de 460 cisternas, e necessita localizar propriedade por propriedade para o melhor acompanhamento do projeto.