por Samara Costa
O 1º Festival da cajuína do Piauí será encerrado do ( 27) de novembro, no Complexo Cultural Praça Pedro II. No festival estão sendo realizadas diversas atividades pelo Emater (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí) como oficinas, capacitações e tudo que é relacionado à área técnica, envolvendo, além da cajuína, tudo o que é relacionado ao aproveitamento integral do pedúnculo do caju.
“Desde 2003, temos primado pelo aproveitamento do caju, que era 90% desperdiçado, já que apenas a castanha – que representa 10%, era utilizada e comercializada”, explica o diretor geral do Emater-PI, Francisco Guedes, lembrando que no início do mês de outubro, no município de Picos, região Sul do Estado, durante o I Cajufestmel, evento realizado naquele município, foram apresentados, em um único evento, mais de 70 produtos à base de caju.
Nas manhãs de ontem e hoje, durante o festival da cajuína, houveram exposição de experiências dos produtores de caju no auditório cajuína, o representante da Fundação da Paz (ONG que trabalha na recuperação de dependentes químicos), Belisário Gomes, ressaltou a importância da parceria com o Emater através de cooperação técnica entre o Instituto e a fundação da paz que tem por objetivo capacitar e profissionalizar os dependentes químicos atendidos pela Fundação.
Belisário expôs ainda que o Emater vem desenvolvendo esse trabalho junto a fundação da paz desde 2005 onde realizou dois cursos de capacitação de aproveitamento do caju com ênfase para produção de cajuína. “Essa parceria é importante na medida em que mudou o nosso rumo, pois tínhamos capacidade para desenvolver várias atividades, mas não tínhamos a técnica e isso foi proporcionado pelo Emater", afirma Belisário.
Dona Antônia Zuíla de Souza, agricultora familiar do município de Picos, povoado de Mirolândia, disse que com o trabalho prestado pelo Emater junto à agricultura familiar naquela região ela e produtores de caju em Mirolândia conseguiram mudar de vida. “Minha maior felicidade é ver que prosperamos depois deste contato com o Emater, que mesmo depois da capacitação, continua nos dando assistência e divulgando nosso trabalho em todo o estado”, conta Dona Zuíla.