O Emater (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí) fará o levantamento e mapeamento da incidência de avelós (Euphorbia tirucalli) no estado do Piauí, a decisão foi tomada numa reunião na sede do Instituto no final da semana passada. Nesta reunião também foi formado um grupo de trabalho composto por integrantes dos setores presentes para elaboração de um projeto que pretende viabilizar o cultivo de 200 hectares de avelós no Piauí.
Dentro do projeto serão contempladas ações como distribuição de mudas e criação de cercas vidas da planta, popularmente conhecida como cachorro-pelado. Tudo isso para dar suporte à criação e manutenção de um laboratório que produzirá e comercializará medicamentos à base de avelós, planta que atinge vem demonstrando alto poder de cura em casos de câncer.
Depois que ocorrer a intalação e desenvolvimento massivo do plantio de avelós no Estado, o Emater vai realizar assistência técnica para aperfeiçoar e preservar a qualidade da planta, que necessita de cuidados ao ser colhida. ”Com a instalação da cultura do avelós no Piauí, vamos gerar emprego e renda para muitas famílias de agricultores rurais. Isso para nós é uma satisfação”, felicita Francisco Gudes, diretor geral do Emater.
Participaram da reunião Francisco Guedes, diretor geral do Emater-PI,Nouga Cardoso, vice reitor eleito da Uespi,Tatiana Chaves,representante da Secretaria de Saúde do Estado,Jurandy Porto,advogado cearense entusiasta do projeto,Francisco das Chagas Monteiro,reprsentante da Embrapa,Auro Costa,pesquisador da Amazônia Fotomedicamentos e outros interessados no projetos.
O Projeto deve ser apresentado ao governador do Estado do Piauí em 10 de janeiro de 2010.
O avelós contra o câncer
O avelós (Euphorbia tirucalli), conhecida popularmente como cachorro do mato, tem muita incidência no Nordeste do Brasil. A planta adapta-se bem ao clima quente e é neste meio que desenvolve o látex de melhor qualidade para uso medicamentoso. Segundo o pesquisador Auro Costa, o avelós tem propriedades anticarcinogênicas, antiasmáticas, antiespasmódicas, antibióticas, antibacterianas, antiviróticas, fungicidas e expectorantes. Ele explica que, estudos feitos com o látex da planta mostram seu alto poder de combate ao câncer.
“Vale a pena investir no desenvolvimento da cultura do avelós, advertindo, claro pra os riscos de um uso inadequado da planta, que é tóxica. A planta oferece um alto poder de cura e porque atua diretamente na célula cancerígena, destruindo a cadeia de moléculas e induzindo ao apoptose (processo de suicídio celular). O que possibilita maior possibilidade de cura” garante Auro Costa, pesquisador e representante da Amazônia Fotomedicamentos.
O medicamento fitoterápico a base de avelós já até foi apresentado pelo governador, Wellington Dias, ao vice-presidente, José Alencar, que sofre com câncer há mais de 10 anos.
Por Jadson Osorio-estagiágio
ASCOM/Emater