por  Whenna Duarte Martins - estagiária ASCOM/EMATER

             O Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí – EMATER/PI iniciou ainda no ano de 2008 uma parceria com a Fazenda da Paz, uma instituição que busca reabilitar através de diversas atividades sócio-educativas, jovens e adultos dependentes químicos, resgatando-os para o convívio social.

Essa parceria tem como objetivo principal, prestar assistência técnica e programar as atividades desenvolvidas na Fazenda Terra da Esperança no município de Timon – Ma, pertencente à Fazenda da Paz, viabilizando capacitações e orientações técnicas aos internos a partir da aplicação de ações integradas visando à produção e manejo de diferentes espécies produtivas com ênfase às hortaliças e a cajucultura, visando a produção de cajuína, doces de caju e mudas de cajueiro anão precoce, contribuindo assim, para a reinserção das pessoas envolvidas, no seio da sociedade.

Como tudo começou

Segundo o Engenheiro Agrônomo Francisco Amorim – Coordenador de Operações do Emater – Pi e Coordenador do Projeto,  inicialmente - antes da Instalação da Agroindústria para Beneficiamento do Pedúnculo do Caju -  o Engenheiro Agrônomo Milton Paula Costa, esteve na Fazenda e lá observou um pomar de 25 hectares com a cultura do cajueiro anão precoce, em fase de produção com toda a produção de desperdiçada, quanto ao Pedúnculo do Caju. “Em conversa com os dirigentes da Fazenda da Paz e com apoio do EMATER, viabilizou uma capacitação para os internos sobre o processamento do Pedúnculo, o resultado foi satisfatório, viabilizou mais dois cursos em anos consecutivos sobre processamento do pedúnculo do caju, obtendo êxito total”, diz Amorim, ressaltando que esse trabalho  estimulou a instalação de uma Agroindústria para produção da Cajuína no local.

“Após a instalação   nos dois anos seguintes foram ministrados mais dois Cursos, de processamento do pedúnculo do caju e práticas de manejo dos pomares existente na fazenda e aí teve início a nossa cooperação técnica”, reforça. Durante os eventos promovidos pelo Emater como Feiras, Seminários e Exposições, a Fazenda da Paz tem o seu espaço para expor e comercializar a Cajuína produzida na Fazenda. Em 2008 produziu e comercializaram mais de 60.000 garrafas de Cajuína. “

O projeto

Uma Luz para Vida tem como objetivo principal a capacitação profissional dos jovens e adultos dependentes químicos, através de implementação de ações agroecológicas integradas visando a revitalização do Projeto Mandala, lá existente ( onde estão inseridas as explorações produtivas da horta orgânica), dos Projetos da Cajucultura, da Piscicultura, da Agroindústria de Beneficiamento do Pedúnculo do Caju, promovendo a auto-estima das pessoas envolvidas, contribuindo, para a reinserção segura dessas pessoas no seio da sociedade.

Francisco Amorim fala que o projeto surgiu após uma visita do Governador Wellington Dias, em julho de 2008 à sede da fazenda, para conhecer a realidade ali existente e as atividades que estavam sendo desenvolvidas. “No dia seguinte encaminhou ao Emater, autorização para que fossem agilizadas o mais breve possível ações no sentido de revitalizar a Fazenda Terra da Esperança”, lembra o agrônomo contando que, na época, foi formada uma equipe, e realizadas diversas visitas técnicas para levantamento das necessidades para agilizar e melhorar a produção agrícola e a Irrigação.
Dentre as atividades realizadas estiveram o georeferenciamento da localização da Fazenda, do Pomar de Caju, da Horta Orgânica e do Tanque de Peixes, orientações na distribuição de cálcareo, podas de limpeza e de manutenção do Pomar de Caju e elaboração de um Projeto para Revitalização da Terra da Esperança, Projeto este, após construído e aprovado recebeu o nome de “ Uma Luz para Vida.

Metas

O projeto Uma Luz para a Vida, tem várias metas 2010, que já estão foram iniciadas em 2009 dentre elas estão presentes a capacitação e reinserção social de 160 jovens e adultos; Promoção da revitalização da horta orgânica integrada (Projeto Mandala); a revitalização de 20 hectares de cajueiro anão precoce; produção de 25.000 mudas de cajueiro anão precoce, além da implantação de 02 hectares de jardins clonais de jardins de sementes.

Outras metas como a construção de um viveiro com capacidade de produção de 25 mil mudas de cajueiro; realização de  cinco cursos nas áreas da cajucultura, da horta orgânica, da piscicultura e da fabricação de cajuína e doce.