Com muita cor e animação, o Grupo de Dança Dandiê e Forró de Candieiro deram início, ontem, 25, no Palácio de Karnak, à solenidade de lançamento da III Ferapi (Feira Piauiense de Produção do Povo da Reforma Agrária e do Povo Quilombola), que este ano, traz o tema "Cultura e Identidade", no sentido de valorizar e recuperar a identidade do povo Piauiense.
Durante a solenidade, o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra – MST, Claudiomir Vieira, fez uma análise da importância da Feira para os movimentos sociais. "A FERAPI tem foco de reafirmar a identidade dos movimentos sociais na constituição do desenvolvimento do Estado, cumprindo um papel de intercâmbio de sementes e experiência de luta e produção", ressaltou.
A FERAPI é o local de exposição da produção, expressões culturais, artesanato, tecnologia apropriada e promoção do comércio solidário, para agricultores e agricultoras familiares de Assentamentos de Reforma Agrária, de Comunidades Quilombolas além da realização de debates, seminários que proporcionam a integração entre os vários movimentos sociais participantes.
Segundo o coordenador das comunidades quilombolas, Antônio Bispo, a feira é um evento de maior diversidade de gerações e simbologia. "Essa terceira edição da FERAPI vem para consolidar o diálogo entre as instituições envolvidas em sua realização, além de ser um encontro de gerações, que neste ano traz a cultura como elemento mais importante", explica.
A Feira, em sua terceira edição, vem se consolidando no cenário cultural do Estado. "Esse evento já está no calendário anual do Estado, é uma ortunidade de trazer para o coração do Estado os produtos do campo que estão na mesa do piauiense", afirmou o Governador, Wellington Dias, em seu discurso.
A solenidade foi encerrada com a apresentação do grupo Coisa de Nêgo, que mostrou, ao som de tambores, o melhor do ritmo afro-piauiense, uma das atrações culturais que estarão encantando os participantes durante a realização da FERAPI, que acontece de 14 a 17 de novembro.