O Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural – Emater/PI vem promovendo, através do Projeto Cajuína do Piauí, o Curso de Aproveitamento do Pendúnculo do Caju com ênfase na Produção de Cajuína em vários municípios de todo o Estado do Piauí.
Para aproveitar o potencial do caju no Estado e integrar os pequenos produtores com técnicas e inovações que possibilitem a fabricação de um produto de qualidade, o Projeto Cajuína do Piauí vêm sendo desenvolvido desde 2003, promovendo a capacitação de técnicos e agricultores familiares na agroindustrialização de cajuína. Nos anos de 2004 e 2005, foram realizados 76 cursos, beneficiando 1.576 agricultores familiares e jovens rurais. Para 2006, a meta é realizar 50 cursos, beneficiando 1.000 pessoas.
O curso tem duração de 40 horas, onde os participantes têm aulas teóricas e práticas com informações nutricionais, de higiene pessoal e utensílios para o aproveitamento do pendúnculo do caju, já que muitos agricultores aproveitam apenas a castanha. “No Piauí, são milhares de toneladas de caju jogadas fora, o aproveitamento da polpa do caju é a parte mais importante do curso, que também tem o objetivo de difundir a cultura da cajuína no Estado”, afirma o Diretor-Geral do Emater, Adalberto Pereira.
No último fim de semana, os municípios beneficiados foram Água Branca, Campo Maior, Batalha, Nazária e Cocal. Na sexta-feira, 20, houve o encerramento dos cursos de Água Branca e Nazária beneficiando cerca de 40 pessoas. Durante a solenidade foi apresentada uma mesa com pratos a base de caju, como por exemplo paçoca, almôndegas, creme, pudim, bife, salpicão entre outros que foi muito elogiada pelos visitantes.
“Essa mesa demonstra o sucesso do projeto que só é possível com o conhecimento transmitido pelo Emater e o apoio dos agricultores familiares”, concluiu o Coordenador do Projeto Cajuína do Piauí, Milton Paula.
Para Crélia Lima, participante do curso e também integrante da Associação de Produtores da Cajuína de Água Branca, que possui 23 associados, participar de uma capacitação desse porte é muito importante no sentido de adquirir novos conhecimentos. “Esse curso é maravilhoso. Eu só usava o caju para fazer doce e cajuína, o resto do pendúnculo era jogado fora, pretendo fazer os pratos que conheci para repassar para minha família”, elogiou.