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Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí
Programa Viva o Semiárido é debatido em oficina
29/10/2015 - 12:27  
  
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Os participantes conheceram mais sobre a execução do projeto
Com o intuito de orientar as associações e cooperativas que serão atendidas pelo Projeto Viva o Semiárido, o Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí (Emater) iniciou, nessa quarta-feira (27), e prossegue, nesta quinta (28), uma oficina de nivelamento de municípios. O momento foi organizado pelos técnicos do Emater e Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável para o detalhamento do projeto, além do levantamento das atividades econômicas, potencialidades e dificuldades.
As instituições tiveram a oportunidade de conhecer também sobre a carta-consulta e sobre os passos para a elaboração, introdução sobre os planos de negócios, além de encaminhamentos.
De acordo com a extensionista Márcia Mendes, este momento foi de ouvir os membros de cooperativas/associações, trocando as informações sobre o Projeto Viva o Semiárido.  “Este foi um exercício de escuta, onde cada um pôde colocar suas potencialidades, além de apresentar as maiores dificuldades”, destacou a extensionista.
Para o momento, a equipe do regional, composta pelos extensionistas Márcia Mendes e Francisco Santos, em parceria com a equipe do municipal, composta por Levi Lustosa, Evandro Alves, Sergio Alves, Clebio Coutinho, Juvaldir Luiz e Domerval de Sousa prepararam um momento de escuta com os participantes.
O primeiro dia de evento foi promovido na cidade de Paulistana e Várzea Grande.  As duas oficinas foram marcadas por questionamentos à respeito do projeto. Este momento foi direcionado pela pergunta: O que cada entidade entende sobre o Programa Viva o Semiárido? Entre as respostas, as associações/cooperativas destacaram como uma ação produtiva de combate à pobreza, fortalecimento da juventude, com geração de renda, além de melhorar a vida das pessoas das comunidades rurais.
O Programa Viva o Semiárido é direcionado ao agricultor familiar dos assentamentos da Reforma Agrária; ser produtor com perfil estabelecido pelo Pronaf; ter o trabalho familiar com base na exploração sustentável e residir no município da área de atuação do projeto. Com relação às entidades, associações e cooperativas, elas têm que ser uma organização produtiva com personalidade jurídica, estar adimplentes com os agentes financeiros, estar em dia com as obrigações estatutárias, ter dois anos de constituição e pleno funcionamento.
Segundo Gregório José, da Associação Rural de Queimada Nova, a maior dificuldade encontrada está na falta de chuva, mas que reconhece as potencialidades da instituição. “Reconhecemos a importância desse projeto e o que podemos avançar”, destacou o membro da associação.
Os municípios de Vera Mendes, Jacobina e Queimada Nova também receberam a oficina, onde mais de 160 pessoas, membros de cooperativas e associações, puderem tirar dúvidas a respeito do projeto e execução. O Emater, por meio de seus técnicos, está responsável pela elaboração de 128 Planos de Negócios, isto corresponde a 1/3  dos projetos que serão elaborados. Cada Plano,  ao ser aprovado, receberá um investimento de R$ 150 mil, além de um acompanhamento técnico durante 2 anos em cada atividade agrícola ou não agrícola selecionada pela Comunidade /Associação/Cooperativa.
Comunidade indígena
Os moradores da comunidade indígena Serra Grande, no município de Queimada Nova, membros da tribo Cariri, participaram da oficina de potencialidades e dificuldades para a implementação de projetos produtivos e elaboração de planos de negócios do Projeto Viva O Semiárido.
De acordo com o membro da comunidade, Francisco José, eles produzem mandioca, feijão e criam caprinos. No entanto, ele ressaltou que o entrave na hora de comercializar desmotiva e enfraquece a produção. Ao mesmo tempo, José enxerga a possibilidade de que, com o Projeto, a associação possa ter condições de desenvolver a produção. O Projeto Viva o Semiárido representa um novo começo para a comunidade indígena Serra Grande, uma vez que pode diminuir o êxodo rural, “assim como pode gerar renda entre as famílias”, explicou Francisco José.
A jovem Rosalina Silva destacou que mais de 50% dos jovens deixa a comunidade em busca de algo melhor e que, após terminarem o ensino médio, os poucos que terminam, atuam no desenvolvimento rural ao lado de suas famílias. “Eu terminei o Ensino Médio, mas infelizmente não enxerguei mais oportunidade de continuar. Infelizmente não há muita possibilidade no campo”, reconheceu Rosalina Silva, membro da comunidade Indígena Serra Grande.
A Comunidade indígena Serra Grande tem quatro associações indicadas pelo Conselho de Desenvolvimento Rural e Sustentável. Mais de 60 famílias residem na localidade, que atualmente sobrevivem com o abastecimento de carros-pipa. Elas têm como foco produtivo a apicultura, caprinocultura, ovinocultura e hortaliças. Para a associação, a maior potencialidade da comunidade está na persistência e nas cisternas que a localidade possui.  

EMATER – Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí
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